Depoimento de uma Leonina: Aline Maria


Começo minha história de amor pelo Fortaleza Esporte Clube, falando do meu pai, que desde pequeno conheceu e se apaixonou pelo mesmo. Ele enfrentou dificuldades para acompanhar o clube, pois o patriarca da família (meu avô) torcia pelo time rival, sua esperança se encontrava ao lado de minha avó que tinha tremendo apreço pelo leão. Desde menino ele passou a seguir sua paixão incondicional, o seu time do coração. Ele buscava ir a todos os jogos e juntava dineiro para comprar camisas oficiais do clube. Todos os esforços eram feitos para que ele pudesse estar lado a lado com seu time. Quando se viu, estava lá um dos maiores torcedores que conheço. 

Futebol teoricamente nunca foi para as mulheres, porém em minha família isso sempre foi diferente. Como disse no paragrafo acima, o apoio que meu pai teve para seguir com a paixão pelo clube que lhe enchia os olhos, foi dado por minha minha avó. Voltando para a minha história, essa paixão por futebol e especificamente por um único clube, começa antes do meu nascimento. Meu pai passou para mim e meus irmãos o gosto pelo futebol e principalmente, nos passou o amor ao tricolor de aço. Mesmo quando ainda eramos muito pequenos, mesmo quando ainda não entendiamos o que aquilo tudo significava.

Ao passar dos anos, fui me interessando mais e mais por futebol. Passei a torcer com outros olhos em meados de 2002 pra cá. E foi justamente no ano de 2002, onde eu já torcia fielmente, que vesti meu manto tricolor e pela primeira vez fui ao estádio, junto do meu pai e dos meus 2 irmãos. Lembro-me como se fosse hoje a ansiedade que senti. O coração pulsava forte, as mãos suavam e o sorriso fluía com facilidade. Era o dia, era o meu dia, de ver de perto o time que com muito orgulho entitulei de meu.

Fortaleza x criciúma,1º jogo da final da série B de 2002. Foi nesse jogo espetacularmente emocionante, onde havia quase 60 mil torcedores, que eu senti como nunca antes a emoção de ser tricolor. Desde esse jogo, nunca mais deixei de ir ao estádio. Passei a acompanhar fielmente o Fortaleza e a cada partida assistida, essa paixão se enraizava e deixava de ser apenas paixão. Derrotas sentidas como uma perda, vitórias comemoradas como uma grande conquista. Lagrimas de tristeza e de felicidade. Estive com o Fortaleza no sofrimento e na glória, provando que quem ama a camisa vermelha, azul e branca de verdade não desiste jamais.

Tenho muitas lembranças da minha caminhada ao lado do tricolor, como por exemplo: o vice campeonato da sére B de 2002, o acesso a série A em 2003, a vitória de 6 x 3 em cima do rival em 2006, o tabu de 16 jogos sem perder em clássicos-rei, a sequencia do tetra, entre outras. Pulei e vibrei muito nas arquibancadas junto com a TUF. Passei por muito empurra-empurra em fila de entrada, levei chuva no pv e queda no castelão. Sem dúvidas tudo valeu muito a pena.

No ano passado, decidi me escrever para fazer parte das lideres de torcidas do Fortaleza, que até então se chamava Stellas. Optei por me escrever porque assim estaria fazendo algo a mais pelo meu time e claro, a dança sempre foi algo que gostei. A minha intenção era aliar o amor a dança e ao clube. Então enviei minhas fotos e fui selecionada para uma seleção, na qual passei. Após ensaio dedicados, tive minha estréia ainda no grupo Stellas (que hoje se chama LEONINAS), no jogo Fortaleza x América, dia 23/07/2011. 

E com prazer imenso que me didico aos ensaios e que busco dar o meu melhor para fortalecer o grupo ainda mais, afinal, meu objetivo e de todas as outras integrantes é dar nosso melhor em prol do Fortaleza Esporte clube e proporcionar a torcida um show de intervalo, regado a muita animação, beleza e elegancia.


Minha história não é mais longa, a mais bonita e muito menos a mais espetacular, mas somente eu sei o que já senti e sinto ate hoje. Finalizo afirmando que, não há dinheiro no mundo que pague a emoção de ser tricolor.

Juntos Somos Fortes, unidos somos FORTALEZA!

 
Leoninas © 2012