Contar meu caso de amor com o Fortaleza Esporte Clube
renderia páginas e mais páginas, mas vou tentar ser o mais breve e objetiva
possível.
Tudo começou com o meu pai, um dos tricolores mais fanáticos
que eu conheço. Desde que eu era criança ele me ensinou a amar o clube de mais
glória e tradição do estado. Uma herança repassada ainda em vida. Infelizmente
não lembro o meu primeiro jogo, mas foi por volta do campeonato cearense de 2003
e eu tinha 11 anos. Só a partir de 2004 que comecei a ir ao estádio com mais
freqüência, diferente do ano anterior que devo ter ido as uns 3 jogos somente.
E esse ano de 2004 foi
muito especial. Foi a primeira vez que assisti a um jogo na parte superior do
castelão, pois meu pai só me levava para as cadeiras inferiores, na
arquibancada eu assisti ao meu primeiro clássico rei. Não tive nenhuma dúvida
de qual time fez meu coração bater mais forte. Outro jogo marcante desse ano
foi Fortaleza x Avaí, os 2x0 que nos deram o acesso a série A, mesmo tendo
apenas 2% de chance de conquistar esse feito. Eu estava lá e acreditei até o fim,
nesse dia inesquecível eu ‘invadi’’ o gramado do castelão, só havia festa,
todos comemoravam o impossível.
Ai já era. O amor pelo clube VAB já corria pelas minhas
veias e não tinha mais volta. Desde então nunca deixei de acompanhar os jogos
do meu querido e idolatrado. Vieram mais jogos marcantes: Fortaleza 1x0 São
Paulo com o castelão entupido, a virada contra o Atlético MG fora de casa, Fortaleza
4x2 Vasco e muitos outros. Sem falar dos campeonatos cearenses. O tri de 2005 e
o tão esperado tetra. Acompanhei passo a passo a caminhada para esse feito
inédito. 2007 2008, 2009 e 2010, cada ano teve uma emoção diferente e nada
melhor que ser coroado em cima do maior rival.
Não posso deixar de falar do duro golpe do rebaixamento em
2009. É uma coisa que mexe muito com o ego do torcedor, mas jamais deixei de lado
o clube pelo o qual eu sempre fui completamente apaixonada. Minha relação com o
Fortaleza a partir disso foi como um casamento. Na alegria e na tristeza, na
saúde e na doença até que a morte nos separe. Porque amar um clube que ta em
ascensão é relativamente fácil, só que amá-lo mais ainda depois de um
rebaixamento não é pra qualquer um.
Agora vou falar de uma das melhores partes da minha história
com meu amor. O maior presente que eu pude ganhar, a oportunidade de participar
do grupo mais lindo, animado e elegante do estado. Leoninas FEC, que até 2011
se chamava Stellas, entrei na ultima geração. Fazer parte desse grupo é a
realização de um sonho e um grande ato de coragem de cerca de 20 meninas que
enfrentam de tudo para dar o seu melhor em dias de jogos. Mas por amor vale
tudo, e o final é sempre recompensador. E mais jogos inesquecíveis junto das
leolindas, assistir o jogo dentro do campo é uma sensação muito diferente da
arquibancada, era como se as energias positivas chegassem mais rápido pro time,
é indescritível. Cito aqui Fortaleza 4x0 CRB, onde foi mais um jogo que provou
a mística daquelas camisas, Ceará1x 2 Fortaleza com o golaço do Kauê e
Fortaleza 4x0 Náutico provando quem é a maior e mais bonita torcida do estado.
Ser Fortaleza é um dom. Graças a Deus eu sei aproveitá-lo
muito bem. É impossível falar de mim sem citar o Fortaleza. Faz parte da minha
rotina, é a minha vida. Sou mais uma dos milhões de torcedores fanáticos por
esse time. Não me considero a melhor torcedora, ou a que sabe mais sobre a
história do clube, mas o sentimento que tenho pelo rei leão do Brasil vai além
de muita coisa, chegar a ser surreal às vezes. Considero cada torcedor
especial, cada um tem o seu jeito de torcer e de forma nenhuma esse amor deve
ser desconsiderado. Enfim, é amor pra vida toda, e depois dela também, é meu
maior orgulho. Receba um sincero abraço da torcida tão leal meu tricolor de
aço!